segunda-feira, 6 de maio de 2013

Seja como a flor de lótus...

Segundo o site Wikipedia, a flor de lótus é uma planta aquática do gênero Nelumbo, nativa da Ásia, habitante de cursos de água lentos ou lagoas de água doce, vivendo a pouca profundidade ou em meio ao lodo existente nos pântanos. Produz belas flores rosadas ou brancas, grandes e com muitas pétalas. É conhecida pela longevidade das suas sementes, que podem germinar após 13 séculos.

Para o Budismo de Nitiren Daishonin, a flor de lótus possui vários simbolismos. Vamos aprender alguns deles:

1 – A flor de lótus é a representação mais fiel da mecânica do funcionamento de um conceito budista chamado “Simultaneidade de causa e efeito”. O lótus é a única planta que é capaz de produzir, simultaneamente, flor e sementes férteis. Da mesma forma, ao pensarmos, falarmos ou agirmos, estamos realizando causas, sejam elas positivas ou negativas. Isto é equivalente ao desabrochar da flor. Ao mesmo tempo em que realizamos estas causas, estamos gerando um efeito diretamente proporcional à causa. Isto é o equivalente a gerar as sementes, posto que os efeitos resultantes da causa num primeiro momento se tornarão causas num segundo momento, da mesma forma que aquelas sementes irão gerar novas plantas que irão gerar flores e sementes e assim sucessivamente.

2 – Apesar do lótus crescer no lodo do pântano, as pétalas de suas flores são brancas. Assim, a flor de lótus é um símbolo de pureza em meio ao lodo. Também simboliza a iluminação, o alcançar o estado de Buda (felicidade absoluta) em meio ao sofrimento do cotidiano. O lótus também representa o desafio de florescer e revelar nosso verdadeiro “eu” em meio ao “lodo” dos obstáculos e maldades que permeiam nossa existência.

3 – A liturgia do Budismo de Nitiren Daishonin é baseada nos capítulos Hoben (Meios) e Juryo (Revelação da Vida Eterna do Buda), respectivamente segundo e décimo sexto capítulos do Sutra de Lótus. Nestes dois capítulos em específico, Sakyamuni, no capítulo Hoben, inicialmente se utiliza de meios de fácil compreensão para as pessoas comuns (o uso de parábolas), para que estas pudessem assimilar mais facilmente seus ensinos. Já no capítulo Juryo, Sakyamuni revela que o que havia pregado até então através de parábolas era apenas uma preparação para que as pessoas pudessem compreender a real essência de seus ensinos. Da mesma forma que a flor de lótus, Sakyamuni usa de meios adequados para, do “lodo” da ignorância fazer desabrochar a “flor pura” da verdadeira identidade de Buda.

4 – A partícula “rengue” do Nam-myoho-rengue-kyo que quer dizer “simultaneidade de causa e efeito” também simboliza a flor de lótus e sua característica de gerar ao mesmo tempo flor e semente. Sobre a simultaneidade da lei de causa e efeito Nitiren Daishonin escreveu:

"Para a questão, onde está exatamente o inferno ou a terra do Buda. Um sutra diz que o inferno existe abaixo de nós e outro sutra diz que o Buda está no Oeste. Entretanto, um exame minucioso revela que ambos existem dentro de nós. A razão para que eu veja desta forma, é que o inferno está no coração de um homem que despreza seu pai e desrespeita sua mãe, assim como a semente do lótus, na qual desabrocha a flor e o fruto ao mesmo tempo."
Carta de Ano Novo (As Escrituras de Nitiren Daishonin, página 413)

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